3 DA MANHÃ

  

  São 3 da manhã, para ser mais exata 3:17. Nunca fico acordada até tarde, nunca mesmo, para mim dormir cedo ou tarde é como um gatilho, basta eu ficar uma noite acordada até tarde ou uma noite ir dormir cedo que é difícil voltar a como era antes. Até agora já tentei escrever no total quatro contos, não gostei de nenhum. O primeiro achei pessoal demais para postar no blog, a segunda era sobre minha irmã e fiquei com medo do que minha mãe ia achar do texto, o terceiro era sobre quando eu e uma amiga pintamos o cabelo mas era uma daquelas histórias que contada não é legal e vivenciada é quase inesquecível, a quarta eu até que gostei mas foi chegando no final e eu comecei a desistir dela vendo que ela não teria mais rumo. Estou começando a ficar estressada, o texto é pra amanhã e acabei de perceber que pulei uma página de meu caderno a deixando em branco. Não consigo gostar de nada que escrevo aliás não gosto desse texto. Escrevo, escrevo, escrevo sem saber aonde vou chegar. As nove da noite aqui em casa todos já estão dormindo e aqui estou com uma caneta e um caderno simplesmente escrevendo o que me vem à cabeça. Por exemplo: acabo de lembrar que amanhã, dez da manhã, tenho fisioterapia significando se eui acordar as nove da manhã terei somente seis horas de sono. O que é totalmente inadequado para minha idade. Penso no que minha professora achará desse texto: sem sentido, sem significado, sem conteúdo. A cidade mesmo as três da manhã é barulhenta e eu imagino se eu parasse e desistisse desse texto e escrevesse sobre o barulho da cidade as três da manhã, seria melhor. Porem me apeguei ao texto, esse mesmo que escrevi, ele pode estar ruim ou qualquer coisa do tipo mas eu gostei dele sem sentido, sem significado, do mesmo jeito que eu as três da manhã pensando que terei somente 6 horas de sono.

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